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Clarice Lispector - Mesa literária mensal

Clarice Lispector

As circunstâncias exteriores e a trama narrativa têm importância secundária nos contos e romances de Clarice Lispector. Em busca de uma linguagem especial para expressar paixões e estados de alma, a escritora utilizou recursos técnicos modernos como a análise psicológica e o monólogo interior. Sua obra, densa e original, figura entre as mais importantes da narrativa literária brasileira.
Clarice Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1925 em Tchetchelnik, Ucrânia. Quando ela contava apenas dois meses de idade, sua família mudou-se para o Brasil. Clarice passou a infância em Recife PB e em 1937 transferiu-se para o Rio de Janeiro RJ, onde cursou direito.
Estreou na literatura ainda muito jovem com o romance Perto do coração selvagem (1943), visão interiorizada do mundo da adolescência, que teve calorosa acolhida da crítica e recebeu o Prêmio Graça Aranha. Em 1944, recém-casada, viajou para Nápoles, onde serviu num hospital da Força Expedicionária Brasileira. De volta ao Brasil, publicou em 1946 O lustre e, depois de uma longa estada na Suíça e Estados Unidos, fixou-se no Rio de Janeiro.
Clarice Lispector foi um dos grandes nomes da segunda fase do modernismo literário, por cultivar uma linguagem inovadora que se afasta do enredo factual, optando pela narrativa inspirada no 'fluxo da consciência' e no uso da subjetividade.
A obra de Clarice Lispector expressa uma visão profundamente pessoal e existencialista do dilema humano, num estilo que se caracteriza pelo vocabulário simples e pela estrutura frasal elíptica. Sua ficção transcende o tempo e o espaço; os personagens, postos em situações limite, são com freqüência femininos e só secundariamente modernos ou mesmo brasileiros.

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