Modelo de comentário crítico - interpretativo UNIOESTE ( A proposta base era uma Charge que questionava o preconceito)
Lembrando que este é um exemplo meramente ilustrativo de como escrever e tecer comentários ou posicionamentos sobre determinado assunto que a banca nos oferece.
A temática retratada em charges e tiras muitas vezes retrata a realidade social em que vivemos, quando se trata de conceitos como “raça”, “etnia” ou credo, tudo se complica, é o que nos apresenta Alexandre Beck. Muito se fala sobre a discriminação racial no Brasil, mas o que é e até onde se pode considerar como preconceito? Essa é a pergunta que muitos fazem, mas quase ninguém tem uma resposta plausível ou, no mínimo, interessante. A verdade é que esse é um assunto muito sério e deve ser discutido.
Chegamos a uma época em que a pseudodemocratização vem perdendo forças para um início de ditadura legislativa, ou seja, uma ditadura em que se começa com a própria lei. O nosso ilustríssimo ex-presidente Lula aprovou uma lei que garante o encarceramento de uma pessoa que ofende ou discrimina a condição racial de outra pessoa, se esta se sentir discriminada. Agora, por lei, pessoas morenas recebem uma denominação de afro-descendentes ou afro-brasileiros. Esse é o primeiro passo para a censura política da não-liberdade de expressão de nossos pensamentos o que gera um desconforto, já que nem sempre chamar alguém “negro” de “negro” é uma ofensa pensada.
Uma pessoa negra andando por aí com uma camisa escrita "100% negro" é perfeitamente normal. Agora, se uma pessoa branca andar com uma camisa "100% branco" e um negro se sentir ofendido (mesmo se não o for) é considerado discriminação; pior ainda seria se essa mesma pessoa branca andar com uma camisa "100% negro"... dará um "trelelê" danado.
Mas não é só nas ruas que esse tipo de coisa acontece: temos exemplos no mundo virtual. Há poucos anos, a discriminação à “moça do tempo” a Maju nas redes virtuais provocou uma grande comoção.
Embora seja um artifício comumente usado em nossas experiências, o preconceito passa a se tornar um problema na medida em que significados pejorativos são atribuídos a outros indivíduos ou grupos de forma generalizada, sendo associados a traços étnicos ou raciais, julgando-os inerentes ao sujeito que se refere sem, no entanto, considerar suas particularidades. Em nosso contexto, o preconceito racial é o mais comum e o mais problemático em suas consequências. Uma delas é a segregação racial ou o racismo, que também está intimamente ligada a problemas sociais como a desigualdade, a violência e a pobreza.
O combate a esse tipo de preconceito deve ser travado por meio da educação que deve servir como parâmetro de compreensão do mundo e das diferenças, tendo sempre como objetivo a afirmação da igualdade de direitos e deveres que todos temos uns com os outros, independente de sexo, gênero, devemos ter a consciência que pelo menos no Brasil, há muita mistura de povos e raças que fazem um país com uma pluralidade étnica impressionante.
Uma sociedade em que todos respeitam a diferença do próximo é utópica, mas pelo menos podemos fazer muito para conscientizar a todos sobre nossa pluralidade. O primeiro passo é mudar a nós mesmos e tentar acabar com nossos preconceitos - seja ele racial, religioso ou social. O próximo passo se segue e podemos então construir um mundo um pouco melhor para se viver.
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