A prova de redação costuma tirar o sossego da maioria, mas não é preciso tanto receio. Há pouco mais de dois anos a UEM solicita gêneros em suas provas de redação, e não mais tipologias (dissertação e narração). Isso é um avanço. Os gêneros textuais são representações de situações linguísticas reais; por isso são mais “concretos”, mais acessíveis à realidade do aluno.
CARTA: A estrutura da carta é a seguinte: local e data + saudação + mensagem (desenvolvimento) + despedida + assinatura. Muitos alunos perguntam se podem “pular” linhas entre uma parte e outra. Depende. Se, no rascunho, você constatar que é possível deixar o espaço sem ultrapassar o limite de 15 linhas (ou 10, se for o caso), tudo bem. Com relação às características do gênero, é importante lembrar: pense no interlocutor – quem irá ler sua carta? ; além disso, quem está escrevendo a carta? Se o comando já especificar, obedeça; se não, crie um “papel social” para o remetente: mulher ou homem? adulto ou jovem? patrão ou empregado? professor ou aluno? rico ou pobre? e por aí vai. Dependendo do tema, há “perfis” mais adequados. Também é importante ficar atento à linguagem, a qual depende do interlocutor (uma carta pessoal ou uma carta formal, por exemplo). Por fim, lembre-se de que a finalidade da carta precisa estar logo nas primeiras linhas e de que o comando vai informá-lo sobre a “assinatura”. Caso você escreva seu nome, sua desclassificação é certa. Muito cuidado, ok?BILHETE: tem a mesma estrutura da carta, mas é mais sucinto. A UEM tem colocado um limite máximo de palavras. Fique atento a isso.
RESUMO: o candidato pode ser “convidado” a resumir uma coletânea ou um texto único. De qualquer forma, é preciso selecionar os informações mais relevantes. Uma única leitura não permite isso. Faça duas, no mínimo. Se o texto for opinativo, fique atento à ideia que é defendida pelo autor. Às vezes, um verbo mal colocado pode mudar o teor do texto original. Jamais faça inferências pessoais e atenção para palavras como “infelizmente“, por exemplo, a qual tem uma carga opinativa forte. Quando ler o seu rascunho, pense: “alguém que não leu o(s) texto(s) original(is) entenderá a mensagem somente pelo meu resumo? ”
RELATO PESSOAL: esse gênero conta algo que aconteceu, uma situação vivida ou presenciada por quem escreve, com enfoque à sequência das ações; personagens, tempo ou espaço vão aparecer, mas sem destaque. Não há conflito, muito menos clímax, como na estrutura da narrativa. Os verbos normalmente estarão no passado e a subjetividade deverá ficar de lado. É claro que, sendo em primeira pessoa, pode haver uma ou outra expressão subjetiva, mas nada que seja extremamente emocional.
RESPOSTA INTERPRETATIVA e ARGUMENTATIVA: não há segredo para começar uma resposta interpretativa ou argumentativa. Preciso começar “respondendo”. Parece óbvio, mas muitos alunos ficam “inventando moda”. Por exemplo: a UEM já perguntou “Por que brincar é um direito da criança?” A resposta deveria começar: “Brincar é um direito da criança porque...”. Agora preste atenção: na interpretativa, você vai responder usando trechos do(s) texto(s) de apoio. Imagine uma pergunta de uma prova de literatura, quando é preciso interpretar um poema. Você escreve “no trecho “tal” o autor faz uma referência a …. porque….” . Nesse gênero, não preciso buscar informações extras. Só vou trabalhar com o que a prova oferece. Já na argumentativa, serão usados os argumentos do texto de apoio, mas informações extras serão bem-vindas e aumentarão a nota. Nesse caso, você NÃO copiará trechos dos textos da prova, nem vai se referir a eles. Haverá uma pergunta e sua opinião será essencial para respondê-la.
NOTÍCIA: importante observar as respostas às perguntas básicas: o quê? com quem? quando? onde? por quê? como?. Os verbos geralmente estarão no passado.
PREFEITURAS DO PARANÁ SE MOBILIZAM PELO DESTINO DO LIXO URBANO
Prefeitos das principais cidades paranaenses estiveram reunidos ontem em Curitiba para discutir propostas que deem um destino adequado os resíduos urbanos. Apesar dos números da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública – Abrelpe – mostrarem um aumento significativo no número de materiais reciclados, muitas cidades ainda depositam seu lixo em locais impróprios, prejudicando o meio ambiente e pondo em risco a saúde da população. Segundo Pedro Vosgral, prefeito de Ponta Grossa e relator das propostas, o poder público precisa unir forças para criar aterros sanitários em todos os municípios com mais de 200 mil habitantes. As sugestões discutidas durante o encontro serão oficializadas em um documento chamado “Propostas para o destino dos resíduos urbanos: uma parceria entre autoridades e população”.
TEXTO INSTRUCIONAL: Como o nome já diz, esse gênero tem como objetivo instruir alguém a ser capaz de fazer alguma coisa. Exemplos clássicos: bulas de remédio, receitas e manuais de instrução. Você pode colocar os verbos no infinitivo (“Tomar de seis em seis horas”) ou no imperativo (“Tome de seis em seis horas“). O importante é ser objetivo e direto. Uma vez, dei o seguinte exercício para meus alunos: pense um um jogo bem conhecido. STOP, por exemplo. Agora imagine que alguém não tenha a mínima ideia do que seja esse jogo. Como seria o manual de instruções? Se você conseguir fazer um, é sinal de que entendeu o que é um texto instrucional.
ARTIGO DE OPINIÃO: são textos comuns em jornais e revistas. Expressam a opinião do autor sobre um tema, normalmente de repercussão no período de publicação do artigo. A linguagem é formal. Não exagere na emoção; seja mais racional. A argumentação precisa ser consistente, coerente com a realidade.
CRôNICA: acho pouco provável que se peça esse gênero. É subjetivo demais. Eu sou uma cronista, mas exigir que um vestibulando tenha alma de cronista é um exagero. A crônica não tem um “definição” específica. São retratos do cotidiano por um olhar sensível e crítico. Não precisa ser uma narrativa com estrutura completa. “O meu amigo secreto é…” , de minha autoria, serve como exemplo.
CONTO: difícil fazer um conto em 15 linhas, mas é possível. Esse tipo de gênero privilegia os candidatos que têm inclinação literária e que gostam de ler textos assim. Preciso observar elementos da narrativa (narrador, tempo, espaço, personagens) e estrutura (situação inicial, desequilíbrio, conflito, clímax, situação final).
CARTA: A estrutura da carta é a seguinte: local e data + saudação + mensagem (desenvolvimento) + despedida + assinatura. Muitos alunos perguntam se podem “pular” linhas entre uma parte e outra. Depende. Se, no rascunho, você constatar que é possível deixar o espaço sem ultrapassar o limite de 15 linhas (ou 10, se for o caso), tudo bem. Com relação às características do gênero, é importante lembrar: pense no interlocutor – quem irá ler sua carta? ; além disso, quem está escrevendo a carta? Se o comando já especificar, obedeça; se não, crie um “papel social” para o remetente: mulher ou homem? adulto ou jovem? patrão ou empregado? professor ou aluno? rico ou pobre? e por aí vai. Dependendo do tema, há “perfis” mais adequados. Também é importante ficar atento à linguagem, a qual depende do interlocutor (uma carta pessoal ou uma carta formal, por exemplo). Por fim, lembre-se de que a finalidade da carta precisa estar logo nas primeiras linhas e de que o comando vai informá-lo sobre a “assinatura”. Caso você escreva seu nome, sua desclassificação é certa. Muito cuidado, ok?BILHETE: tem a mesma estrutura da carta, mas é mais sucinto. A UEM tem colocado um limite máximo de palavras. Fique atento a isso.
RESUMO: o candidato pode ser “convidado” a resumir uma coletânea ou um texto único. De qualquer forma, é preciso selecionar os informações mais relevantes. Uma única leitura não permite isso. Faça duas, no mínimo. Se o texto for opinativo, fique atento à ideia que é defendida pelo autor. Às vezes, um verbo mal colocado pode mudar o teor do texto original. Jamais faça inferências pessoais e atenção para palavras como “infelizmente“, por exemplo, a qual tem uma carga opinativa forte. Quando ler o seu rascunho, pense: “alguém que não leu o(s) texto(s) original(is) entenderá a mensagem somente pelo meu resumo? ”
RELATO PESSOAL: esse gênero conta algo que aconteceu, uma situação vivida ou presenciada por quem escreve, com enfoque à sequência das ações; personagens, tempo ou espaço vão aparecer, mas sem destaque. Não há conflito, muito menos clímax, como na estrutura da narrativa. Os verbos normalmente estarão no passado e a subjetividade deverá ficar de lado. É claro que, sendo em primeira pessoa, pode haver uma ou outra expressão subjetiva, mas nada que seja extremamente emocional.
RESPOSTA INTERPRETATIVA e ARGUMENTATIVA: não há segredo para começar uma resposta interpretativa ou argumentativa. Preciso começar “respondendo”. Parece óbvio, mas muitos alunos ficam “inventando moda”. Por exemplo: a UEM já perguntou “Por que brincar é um direito da criança?” A resposta deveria começar: “Brincar é um direito da criança porque...”. Agora preste atenção: na interpretativa, você vai responder usando trechos do(s) texto(s) de apoio. Imagine uma pergunta de uma prova de literatura, quando é preciso interpretar um poema. Você escreve “no trecho “tal” o autor faz uma referência a …. porque….” . Nesse gênero, não preciso buscar informações extras. Só vou trabalhar com o que a prova oferece. Já na argumentativa, serão usados os argumentos do texto de apoio, mas informações extras serão bem-vindas e aumentarão a nota. Nesse caso, você NÃO copiará trechos dos textos da prova, nem vai se referir a eles. Haverá uma pergunta e sua opinião será essencial para respondê-la.
NOTÍCIA: importante observar as respostas às perguntas básicas: o quê? com quem? quando? onde? por quê? como?. Os verbos geralmente estarão no passado.
PREFEITURAS DO PARANÁ SE MOBILIZAM PELO DESTINO DO LIXO URBANO
Prefeitos das principais cidades paranaenses estiveram reunidos ontem em Curitiba para discutir propostas que deem um destino adequado os resíduos urbanos. Apesar dos números da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública – Abrelpe – mostrarem um aumento significativo no número de materiais reciclados, muitas cidades ainda depositam seu lixo em locais impróprios, prejudicando o meio ambiente e pondo em risco a saúde da população. Segundo Pedro Vosgral, prefeito de Ponta Grossa e relator das propostas, o poder público precisa unir forças para criar aterros sanitários em todos os municípios com mais de 200 mil habitantes. As sugestões discutidas durante o encontro serão oficializadas em um documento chamado “Propostas para o destino dos resíduos urbanos: uma parceria entre autoridades e população”.
TEXTO INSTRUCIONAL: Como o nome já diz, esse gênero tem como objetivo instruir alguém a ser capaz de fazer alguma coisa. Exemplos clássicos: bulas de remédio, receitas e manuais de instrução. Você pode colocar os verbos no infinitivo (“Tomar de seis em seis horas”) ou no imperativo (“Tome de seis em seis horas“). O importante é ser objetivo e direto. Uma vez, dei o seguinte exercício para meus alunos: pense um um jogo bem conhecido. STOP, por exemplo. Agora imagine que alguém não tenha a mínima ideia do que seja esse jogo. Como seria o manual de instruções? Se você conseguir fazer um, é sinal de que entendeu o que é um texto instrucional.
ARTIGO DE OPINIÃO: são textos comuns em jornais e revistas. Expressam a opinião do autor sobre um tema, normalmente de repercussão no período de publicação do artigo. A linguagem é formal. Não exagere na emoção; seja mais racional. A argumentação precisa ser consistente, coerente com a realidade.
CRôNICA: acho pouco provável que se peça esse gênero. É subjetivo demais. Eu sou uma cronista, mas exigir que um vestibulando tenha alma de cronista é um exagero. A crônica não tem um “definição” específica. São retratos do cotidiano por um olhar sensível e crítico. Não precisa ser uma narrativa com estrutura completa. “O meu amigo secreto é…” , de minha autoria, serve como exemplo.
CONTO: difícil fazer um conto em 15 linhas, mas é possível. Esse tipo de gênero privilegia os candidatos que têm inclinação literária e que gostam de ler textos assim. Preciso observar elementos da narrativa (narrador, tempo, espaço, personagens) e estrutura (situação inicial, desequilíbrio, conflito, clímax, situação final).
Comentários
Postar um comentário